terça-feira, 23 de abril de 2013

Produção de Rainhas


A multiplicação de colônias de abelhas sem ferrão ganha novo impulso com as inovações obtidas por um grupo de pesquisadores. Larvas que dariam origem a operárias são retiradas da colônia e superalimentadas em laboratório até se desenvolvem em rainhas. Dessa forma, é possível produzir milhares de rainhas a partir de uma única colônia matriz.
O trabalho consta em artigo dos pesquisadores Cristiano Menezes (Embrapa Amazônia Oriental), Ayrton Vollet-Neto (Universidade de São Paulo) e Vera Imperatriz Fonseca (Universidade Federal Rural do Semi-Árido) que ganhará as páginas da revista Apidologie, uma referência na área de abelhas.
Embora a técnica tenha sido desenvolvida pela pesquisadora Conceição Camargo há cerca de 40 anos, os resultados ainda eram muito baixos. “A meliponicultura (criação de abelhas sem ferrão) é uma atividade que tem crescido e as colônias disponíveis ainda são insuficientes para atender à demanda”, avalia o pesquisador Cristiano Menezes. Com as inovações da pesquisa ora publicada, colônias poderão ser reproduzidas em larga escala.
Técnica - Na maior parte dos gêneros de abelhas sem ferrão, a rainha não provém de uma linhagem especial, mas é resultado da maior ingestão de alimentos. “Larvas que comem pouco se tornam operárias e larvas que comem muito geram rainhas”, resume Menezes. Dessa forma, é possível manipular a alimentação das larvas para induzir a formação de rainhas. No ambiente natural, as células onde são depositadas as larvas das futuras rainhas recebem até oito vezes mais alimento do que aquelas destinadas às operárias.
A pesquisa tratou de estudar e aprimorar os protocolos já estabelecidos para criação das larvas de abelhas rainhas. “Os alvéolos de cera anteriormente usados para colocar o alimento e as larvas foram substituídos por placas de acrílico, melhorando a assepsia e acelerando o processo”, explica Menezes. Além disso, diferentes opções de controle de umidade foram avaliadas e um protocolo mais adequado foi estabelecido. Novos procedimentos na coleta do alimento larval e das larvas também foram adotados. “Depois de muitos experimentos foram obtidas taxas de até 98% de sobrevivência entre as larvas criadas em laboratório”, afirma Menezes.
O trabalho foi realizado com a espécie Scaptotrigona depilis, conhecida popularmente como mandaguari. Essas abelhas formam colônias populosas (cerca de 10 mil), produzem grande quantidade de mel e são importantes polinizadoras de culturas agrícolas, como morango e café.
Essa técnica de produção de rainhas in vitro também pode ser usada para a maioria das outras abelhas sem ferrão, entre elas a "abelha mosquito" (Plebeia minima), potencial polinizadora de cupuaçu; a “canudo” (Scaptotrigona postica), potencial polinizadora de rambutã, taperebá, açaí, além de grande produtora de mel; e a “marmelada” (Frieseomelitta varia), espécie ótima para produção de própolis na região amazônica.
Além de aperfeiçoar a multiplicação de colônias de abelhas sem ferrão, o novo método também vai contribuir com os trabalhos de melhoramento genético. “Ao se identificar entre diversas abelhas rainhas a mais produtiva, será possívelreproduzi-la mais intensamente”, conclui Menezes. Segundo o pesquisador, a técnica também oferece novas possibilidades para o estudo da biologia do desenvolvimento das abelhas sem ferrão, bem como o efeito de doenças e produtos químicos na saúde desses insetos.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

VENDA DE ENXAME DE JATAÍ

EXAME JATAÍ  --R$ 250,00

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Não enviamo enxames pelos correios, os enxames devem ser retirado na cidade de Ipatinga/MG. Para algumas regiões enviamos através de ônibus, consulte.

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terça-feira, 2 de abril de 2013

CERA LAMINADA E ALVEOLADA - 100% ORGÂNICA


Produzida exclusivamente com cera orgânica de abelha, com uso de equipamentos de alta tecnologia e um rígido controle de qualidade, as lâminas alveoladas apresentam uma espessura ideal para uma perfeita aceitação por parte das abelhas. Esta espessura e sua pureza conferem uma maleabilidade que facilita o seu manuseio pelo meliponicultor. Cada quilo de cera alveolada possui aproximadamente 16 laminas. 

Popularmente, entende-se por "produtos orgânicos" alimentos sem adição de agrotóxicos. Porém, nossos produtos são devidamente certificados como "orgânicos", através de uma certificadora garantem muito mais que isso.


Todos os envolvidos no projeto, apicultores e o Meliponario Abelhas do Vale, trabalham em harmonia com a natureza e obedecem as rígidas normas da certificadora que exigem, a não utilização de agrotóxicos nas propriedades rurais onde se encontram as colmeias.


A certificação orgânica é de grande importância, pois desperta em toda a cadeia produtiva o grande valor e a necessidade da preservação das espécies e mata nativa, além de incentivar o uso de técnicas e sistemas não agressivos à produção apícola.

Porque adquirir a cera alveolada orgânica Meliponario Abelhas do Vale:

  • Melhor aceitação da cera pelas abelhas: “Produzido organicamente” significa produzido sem pesticidas, herbicidas ou fungicidas tóxicos. Os apiários selecionados para produzir a cera orgânica  estão localizados em terras com vegetação nativa ou distanciados no mínimo 03 km de qualquer plantação convencional.
  • PROTEGE AS FUTURAS GERAÇÕES E O MEIO AMBIENTE: A filosofia do orgânico é produzir sem degradar a natureza, possibilitando qualidade de vida para as futuras gerações.
  •  VOCÊ PAGA O VERDADEIRO CUSTO DO PRODUTO: Os consumidores ao comprar os produtos orgânicos, devem ter consciência, que estão adquirindo um conjunto de dois produtos: os alimentos em si e um produto ambiental (a proteção/regeneração do meio ambiente). Esse produto ambiental que parece abstrato à primeira vista, não é consumido fisicamente por quem o adquire, mas é a certeza de que estamos pagando nos produtos ecologicamente corretos, o seu verdadeiro custo, pois desta forma, não deixaremos a conta do meio ambiente para as futuras gerações.
Possuímos também cera bruta.




Adquira já sua cera alveolada do Meliponario Abelhas do Vale

Pesticidas causam curto-circuito nas abelhas


Resolvi postar essa reportagem que encontrei na internet, pois ela só vem reforçar que todos nós meliponicultores já sabemos. 
Pesticidas usados para proteger cultivos podem embaralhar os circuitos cerebrais das abelhas melíferas (produtoras de mel), afetando sua memória e sua capacidade de navegação, necessárias para encontrar comida, alertaram cientistas.
Segundo artigo publicado na revista científica Nature Communications, isso poderia ameaçar colônias de abelhas inteiras, cujas funções polinizadoras são vitais para a produção de comida para nós, humanos.
A equipe de cientistas estudou os cérebros de abelhas produtoras de mel no laboratório, expondo-as a pesticidas neonicotinoides usados em lavouras, e a organofosfatos, o grupo de inseticidas mais usado no mundo (neste caso, o coumafos), inclusive, para controlar infestações de ácaros em colmeias.


Segundo os cientistas, quando expostos a concentrações similares dos dois pesticidas encontradas na natureza, os circuitos de aprendizagem nos cérebros das abelhas logo param de funcionar.
"Juntas, as duas classes de pesticidas demonstraram ter um efeito negativo maior no cérebro das abelhas e que podem inibir o aprendizado das abelhas produtoras de mel", explicou um dos coautores do estudo, Christopher Connolly, do Instituto de Pesquisa Médica da Universidade de Dundee, no Reino Unido.
"As polinizadoras têm comportamentos sofisticados enquanto se alimentam, que exigem que aprendam e se lembrem de tratos florais associados à comida", acrescentou sua colega, Geraldine Wright, do Centro de Comportamento e Evolução da Universidade de Newcastle, no Reino Unido.
"A interrupção desta importante função tem implicações profundas na sobrevivência de colônias de abelhas produtoras de mel, porque as que não conseguem aprender não conseguirão encontrar comida", emendou.
A descoberta foi feita em meio a um intenso debate sobre o uso continuado de neonicotinoides. Há duas semanas, países europeus rejeitaram uma proposta de proibição por dois anos do grupo de inseticidas que atinge o cérebro, depois da oposição da indústria agroquímica.
Apicultores da Europa, da América do Norte e de outras partes do mundo estão preocupados com o chamado distúrbio de colapso das colônias, um fenômeno no qual as abelhas adultas abruptamente desaparecem das colmeias - algo que tem sido atribuído a ácaros, vírus e fungos, pesticidas ou a uma combinação desses fatores.
As abelhas são 80% dos insetos polinizadores de plantas. Sem elas, muitos cultivos seriam incapazes de frutificar ou, então, teriam de ser polinizados a mão.
Os cientistas afirmam que suas descobertas podem levar a uma reavaliação do uso de pesticidas.
"Nossos dados sugerem que o uso amplo de coumafos, como acaricida, é um risco desnecessário para a saúde das abelhas melíferas", afirmou Connolly, que propôs o uso de ácidos orgânicos para o controle de ácaros nas colmeias.
Em termos de pesticidas para a proteção de cultivos, a indústria agroquímica argumenta que alternativas aos neonicotinoides seriam mais tóxicas para as abelhas.
"Uma comparação direta das alternativas parece ser o único caminho" para encontrar a opção menos nociva, afirmou o cientista.
Comentando o estudo, Francis Ratnieks, professor de apicultura da Universidade de Sussex, disse que as concentrações usadas na pesquisa pareciam altas.
"Não surpreende que altas concentrações de inseticidas sejam nocivas, mas não sabemos se os baixos níveis de inseticidas neonicotinoides no néctar e no pólen de plantas tratadas também são nocivos no mundo real", acrescentou.
Além disso, o uso de coumafos é ilegal em grande parte da Europa e não é amplamente usado nos Estados Unidos, afirmou Ratnieks, citado pelo Science Media Centre, em Londres.
Na quarta-feira (28), apicultores franceses pediram ao Ministério da Agricultura a proibição de pesticidas neonicotinoides, enquanto a CE (Comissão Europeia) analisa a adoção de uma norma específica sobre o caso.
"A situação é catastrófica", disse Henri Clément, porta-voz dos apicultores franceses, afirmando que a taxa de mortalidade das abelhas passou de 5% na década de 1990 para 30% atualmente, o que provocou uma redução dramática na produção de mel na França, para 16 mil toneladas.
Clément se reuniu com os legisladores, aos quais pediu apoio ao seu apelo pela proibição dos neonicotinoides, e pediu a criação de um "comitê de apoio a alternativas aos pesticidas".
Este ano, a CE já propôs a suspensão do uso de três produtos neonicotinoides nas culturas de milho, canola, girassol e algodão, pois eles contribuem para uma alta notável na mortalidade das abelhas.
Quero ver quando essas proibições irão chegar no nosso Brasil, ou paramos com essa atrocidade com as abelhas ou teremos que fazer nós mesmo a polinização ...