segunda-feira, 15 de julho de 2013

ISCA PET - INOVAÇÃO

Hoje vou falar de um assunto muito falado nos blog sobre abelhas sem ferrão, mas estou trazendo uma inovação. Estamos comercializando um saco especifico para fabricação de iscas pet, evitando o trabalho de sair para comprar, medir, cortar e colar lona preta que reveste as iscas.

Foto 01 - Isca Pet revestida pelo saco

Foto 02 - Saco Isca Pet 



Video 01 - Explica como fazer uma isca pet em 4 mim.

Você encontra para comprar em nossa loja virtual. Acesse www.apisenativa.com.br 

terça-feira, 23 de abril de 2013

Produção de Rainhas


A multiplicação de colônias de abelhas sem ferrão ganha novo impulso com as inovações obtidas por um grupo de pesquisadores. Larvas que dariam origem a operárias são retiradas da colônia e superalimentadas em laboratório até se desenvolvem em rainhas. Dessa forma, é possível produzir milhares de rainhas a partir de uma única colônia matriz.
O trabalho consta em artigo dos pesquisadores Cristiano Menezes (Embrapa Amazônia Oriental), Ayrton Vollet-Neto (Universidade de São Paulo) e Vera Imperatriz Fonseca (Universidade Federal Rural do Semi-Árido) que ganhará as páginas da revista Apidologie, uma referência na área de abelhas.
Embora a técnica tenha sido desenvolvida pela pesquisadora Conceição Camargo há cerca de 40 anos, os resultados ainda eram muito baixos. “A meliponicultura (criação de abelhas sem ferrão) é uma atividade que tem crescido e as colônias disponíveis ainda são insuficientes para atender à demanda”, avalia o pesquisador Cristiano Menezes. Com as inovações da pesquisa ora publicada, colônias poderão ser reproduzidas em larga escala.
Técnica - Na maior parte dos gêneros de abelhas sem ferrão, a rainha não provém de uma linhagem especial, mas é resultado da maior ingestão de alimentos. “Larvas que comem pouco se tornam operárias e larvas que comem muito geram rainhas”, resume Menezes. Dessa forma, é possível manipular a alimentação das larvas para induzir a formação de rainhas. No ambiente natural, as células onde são depositadas as larvas das futuras rainhas recebem até oito vezes mais alimento do que aquelas destinadas às operárias.
A pesquisa tratou de estudar e aprimorar os protocolos já estabelecidos para criação das larvas de abelhas rainhas. “Os alvéolos de cera anteriormente usados para colocar o alimento e as larvas foram substituídos por placas de acrílico, melhorando a assepsia e acelerando o processo”, explica Menezes. Além disso, diferentes opções de controle de umidade foram avaliadas e um protocolo mais adequado foi estabelecido. Novos procedimentos na coleta do alimento larval e das larvas também foram adotados. “Depois de muitos experimentos foram obtidas taxas de até 98% de sobrevivência entre as larvas criadas em laboratório”, afirma Menezes.
O trabalho foi realizado com a espécie Scaptotrigona depilis, conhecida popularmente como mandaguari. Essas abelhas formam colônias populosas (cerca de 10 mil), produzem grande quantidade de mel e são importantes polinizadoras de culturas agrícolas, como morango e café.
Essa técnica de produção de rainhas in vitro também pode ser usada para a maioria das outras abelhas sem ferrão, entre elas a "abelha mosquito" (Plebeia minima), potencial polinizadora de cupuaçu; a “canudo” (Scaptotrigona postica), potencial polinizadora de rambutã, taperebá, açaí, além de grande produtora de mel; e a “marmelada” (Frieseomelitta varia), espécie ótima para produção de própolis na região amazônica.
Além de aperfeiçoar a multiplicação de colônias de abelhas sem ferrão, o novo método também vai contribuir com os trabalhos de melhoramento genético. “Ao se identificar entre diversas abelhas rainhas a mais produtiva, será possívelreproduzi-la mais intensamente”, conclui Menezes. Segundo o pesquisador, a técnica também oferece novas possibilidades para o estudo da biologia do desenvolvimento das abelhas sem ferrão, bem como o efeito de doenças e produtos químicos na saúde desses insetos.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

VENDA DE ENXAME DE JATAÍ

EXAME JATAÍ  --R$ 250,00

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    • Enxame matriz do meu Meliponario, com ninho completamente cheio de disco de crias.
    • Enxame pronto para ser dividido.
    • Caixa modelo INPA nos tamanho 12x12 (especifica para Jataí).
    • A abelha Jataí produz um mel de ótima qualidade com propriedades medicinais podendo ser vendido ate por R$ 150,00.



Fotos do próprio enxame.

Não enviamo enxames pelos correios, os enxames devem ser retirado na cidade de Ipatinga/MG. Para algumas regiões enviamos através de ônibus, consulte.

CUIDADO VOCÊ PODE SER PROCESSADO SE COMPRAR SEM DOCUMENTAÇÃO ADEQUADA.

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terça-feira, 2 de abril de 2013

CERA LAMINADA E ALVEOLADA - 100% ORGÂNICA


Produzida exclusivamente com cera orgânica de abelha, com uso de equipamentos de alta tecnologia e um rígido controle de qualidade, as lâminas alveoladas apresentam uma espessura ideal para uma perfeita aceitação por parte das abelhas. Esta espessura e sua pureza conferem uma maleabilidade que facilita o seu manuseio pelo meliponicultor. Cada quilo de cera alveolada possui aproximadamente 16 laminas. 

Popularmente, entende-se por "produtos orgânicos" alimentos sem adição de agrotóxicos. Porém, nossos produtos são devidamente certificados como "orgânicos", através de uma certificadora garantem muito mais que isso.


Todos os envolvidos no projeto, apicultores e o Meliponario Abelhas do Vale, trabalham em harmonia com a natureza e obedecem as rígidas normas da certificadora que exigem, a não utilização de agrotóxicos nas propriedades rurais onde se encontram as colmeias.


A certificação orgânica é de grande importância, pois desperta em toda a cadeia produtiva o grande valor e a necessidade da preservação das espécies e mata nativa, além de incentivar o uso de técnicas e sistemas não agressivos à produção apícola.

Porque adquirir a cera alveolada orgânica Meliponario Abelhas do Vale:

  • Melhor aceitação da cera pelas abelhas: “Produzido organicamente” significa produzido sem pesticidas, herbicidas ou fungicidas tóxicos. Os apiários selecionados para produzir a cera orgânica  estão localizados em terras com vegetação nativa ou distanciados no mínimo 03 km de qualquer plantação convencional.
  • PROTEGE AS FUTURAS GERAÇÕES E O MEIO AMBIENTE: A filosofia do orgânico é produzir sem degradar a natureza, possibilitando qualidade de vida para as futuras gerações.
  •  VOCÊ PAGA O VERDADEIRO CUSTO DO PRODUTO: Os consumidores ao comprar os produtos orgânicos, devem ter consciência, que estão adquirindo um conjunto de dois produtos: os alimentos em si e um produto ambiental (a proteção/regeneração do meio ambiente). Esse produto ambiental que parece abstrato à primeira vista, não é consumido fisicamente por quem o adquire, mas é a certeza de que estamos pagando nos produtos ecologicamente corretos, o seu verdadeiro custo, pois desta forma, não deixaremos a conta do meio ambiente para as futuras gerações.
Possuímos também cera bruta.




Adquira já sua cera alveolada do Meliponario Abelhas do Vale

Pesticidas causam curto-circuito nas abelhas


Resolvi postar essa reportagem que encontrei na internet, pois ela só vem reforçar que todos nós meliponicultores já sabemos. 
Pesticidas usados para proteger cultivos podem embaralhar os circuitos cerebrais das abelhas melíferas (produtoras de mel), afetando sua memória e sua capacidade de navegação, necessárias para encontrar comida, alertaram cientistas.
Segundo artigo publicado na revista científica Nature Communications, isso poderia ameaçar colônias de abelhas inteiras, cujas funções polinizadoras são vitais para a produção de comida para nós, humanos.
A equipe de cientistas estudou os cérebros de abelhas produtoras de mel no laboratório, expondo-as a pesticidas neonicotinoides usados em lavouras, e a organofosfatos, o grupo de inseticidas mais usado no mundo (neste caso, o coumafos), inclusive, para controlar infestações de ácaros em colmeias.


Segundo os cientistas, quando expostos a concentrações similares dos dois pesticidas encontradas na natureza, os circuitos de aprendizagem nos cérebros das abelhas logo param de funcionar.
"Juntas, as duas classes de pesticidas demonstraram ter um efeito negativo maior no cérebro das abelhas e que podem inibir o aprendizado das abelhas produtoras de mel", explicou um dos coautores do estudo, Christopher Connolly, do Instituto de Pesquisa Médica da Universidade de Dundee, no Reino Unido.
"As polinizadoras têm comportamentos sofisticados enquanto se alimentam, que exigem que aprendam e se lembrem de tratos florais associados à comida", acrescentou sua colega, Geraldine Wright, do Centro de Comportamento e Evolução da Universidade de Newcastle, no Reino Unido.
"A interrupção desta importante função tem implicações profundas na sobrevivência de colônias de abelhas produtoras de mel, porque as que não conseguem aprender não conseguirão encontrar comida", emendou.
A descoberta foi feita em meio a um intenso debate sobre o uso continuado de neonicotinoides. Há duas semanas, países europeus rejeitaram uma proposta de proibição por dois anos do grupo de inseticidas que atinge o cérebro, depois da oposição da indústria agroquímica.
Apicultores da Europa, da América do Norte e de outras partes do mundo estão preocupados com o chamado distúrbio de colapso das colônias, um fenômeno no qual as abelhas adultas abruptamente desaparecem das colmeias - algo que tem sido atribuído a ácaros, vírus e fungos, pesticidas ou a uma combinação desses fatores.
As abelhas são 80% dos insetos polinizadores de plantas. Sem elas, muitos cultivos seriam incapazes de frutificar ou, então, teriam de ser polinizados a mão.
Os cientistas afirmam que suas descobertas podem levar a uma reavaliação do uso de pesticidas.
"Nossos dados sugerem que o uso amplo de coumafos, como acaricida, é um risco desnecessário para a saúde das abelhas melíferas", afirmou Connolly, que propôs o uso de ácidos orgânicos para o controle de ácaros nas colmeias.
Em termos de pesticidas para a proteção de cultivos, a indústria agroquímica argumenta que alternativas aos neonicotinoides seriam mais tóxicas para as abelhas.
"Uma comparação direta das alternativas parece ser o único caminho" para encontrar a opção menos nociva, afirmou o cientista.
Comentando o estudo, Francis Ratnieks, professor de apicultura da Universidade de Sussex, disse que as concentrações usadas na pesquisa pareciam altas.
"Não surpreende que altas concentrações de inseticidas sejam nocivas, mas não sabemos se os baixos níveis de inseticidas neonicotinoides no néctar e no pólen de plantas tratadas também são nocivos no mundo real", acrescentou.
Além disso, o uso de coumafos é ilegal em grande parte da Europa e não é amplamente usado nos Estados Unidos, afirmou Ratnieks, citado pelo Science Media Centre, em Londres.
Na quarta-feira (28), apicultores franceses pediram ao Ministério da Agricultura a proibição de pesticidas neonicotinoides, enquanto a CE (Comissão Europeia) analisa a adoção de uma norma específica sobre o caso.
"A situação é catastrófica", disse Henri Clément, porta-voz dos apicultores franceses, afirmando que a taxa de mortalidade das abelhas passou de 5% na década de 1990 para 30% atualmente, o que provocou uma redução dramática na produção de mel na França, para 16 mil toneladas.
Clément se reuniu com os legisladores, aos quais pediu apoio ao seu apelo pela proibição dos neonicotinoides, e pediu a criação de um "comitê de apoio a alternativas aos pesticidas".
Este ano, a CE já propôs a suspensão do uso de três produtos neonicotinoides nas culturas de milho, canola, girassol e algodão, pois eles contribuem para uma alta notável na mortalidade das abelhas.
Quero ver quando essas proibições irão chegar no nosso Brasil, ou paramos com essa atrocidade com as abelhas ou teremos que fazer nós mesmo a polinização ... 

terça-feira, 19 de março de 2013

ISCA PET X TETRA PACK


Hoje vou tratar de um tema pouco estudado. Sempre me perguntei qual isca seria mais eficiente na captura de abelhas sem ferrão. Sabe-se que por lei só podemos aumentar nosso plantel através de iscas ou divisão de enxames. Encontrei somente um trabalho científico sobre o assunto, então resolvi consultar criadores experientes e os dados desse trabalho para tirar minhas conclusões.

Na metodologia do trabalho, foram utilizadas as iscas pet e caixas de papelão (não foram utilizadas caixa tetra pack). As abelhas preferiram mais as iscas pet à as caixas de papelão. Eu acredito que as abelhas teriam um problema maior com as caixas tetra Pack porque alem do papelão ainda existe aquele papel alumínio.

Segundo o trabalhos garrafas pet obtiveram um melhor resultado frente as caixas de papelão, sendo as pet de maior volume com um índice melhor de captura, para as trigonas uma isca de 3 litro é suficiente mas para melíponas o ideal seria um galão de 5 litros. Caso queria aumentar o volume da sua garrafa o ideal seria unir duas garrafas, lembrando sempre de fazer furos para evitar a umidade excessiva .

Depois desse minha pesquisa sobre iscas vou fazer uma isca com caixas de sorvetes que são do tamanho das minha caixas de jataí e colocar junto das minhas iscas pet. Qual isca terá melhor desempenho??? Assim que tiver capturado vários enxames postarei no blog a resposta.


foto 01 - isca pet

foto 02 - isca Tetra Pack

Esse vídeo mostra uma inovação na fabricação das ISCA PET. Acesse esse link do YOUTUBE: http://www.youtube.com/watch?v=pwKvjGKybz0




quinta-feira, 7 de março de 2013

Alimentação artificial


Para sobreviverem, as abelhas necessitam alimentar-se e atender às exigências de seu organismo quanto às necessidades de:
  • Água
  • Carboidratos (açúcares)
  • Proteínas
  • Vitaminas
  • Sais minerais
  • Lipídeos (gorduras).

Esses nutrientes são retirados da água, mel (néctar) e pólen das flores, mas também podem ser encontrados em outras substâncias usadas fabricadas pelo homem e por isso são chamados de alimentos artificiais.

Na alimentação suplementar-alimentação artificial- das abelhas é necessário fornecer componentes energéticos, para suprir a ausência do néctar e, em algumas situações, os componentes protéicos, para compensar a falta de pólen. O fornecimento de uma alimentação energética e/ou protéica vai depender da deficiência observada no enxame.

A época correta para iniciar o fornecimento de alimento artificial varia de acordo com a região. Em geral, nos períodos secos, chuvosos ou frios, falta alimento no campo. Por isso, o meliponicultor deverá ficar atento para a entrada de alimento em suas caixas.

É muito importante conhecer o fluxo de alimento de sua região. Para facilitar o conhecimento do fluxo de alimento na sua região crie uma agenda de anotações, em que são registradas as floradas e épocas de ocorrência. Ao final de um ano você terá uma noção de quando ocorrem e da duração das floradas. Procure associar as floradas que você observa com o desenvolvimento dos enxames e a entrada de alimento. Ao repetir essas observações por três anos você terá um bom calendário das floradas e do fluxo de alimento nos seus apiários.

Exames fracos e mal nutridos estão fadados à morte se não sofrerem intervenção do meliponicultor. A reprodução esta diretamente ligada a alimentação, sendo o estoque de polen baixo as rainha param de colocar ovos e diminuindo o numero de indivíduos dentro da caixa facilitando assim a entrada dos inimigos naturais das abelhas.

 ALIMENTAÇÃO ENERGÉTICA
 Deve-se misturar água com mel na proporção de 50% de água + 50% de mel de Apis
 ALIMENTAÇÃO PROTEICA
Existem várias receitas proteicas e cabe ao meliponicultor escolher a que mais se adequa a espécie criada por ele. Vou deixar uma receita simples, barata e que funciona
3 partes de farelo de soja + 1 parte de farinha de milho + 6 partes de mel. Misturar bem os dois farelos e adicionar o mel devagar até formar uma pasta mole

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Abelha Limão


A abelha limão (Lestrimelita limao) também conhecida como Iratim é social e pilhadoras, ou seja, saqueiam colônias de abelhas de outras espécies. Não visitam flores. O mel produzido por essa espécie de abelha pode ser perigoso.
É a única abelha detestada pelos meliponicultores, esta abelha vive de pilhagem, sempre roubando alimentos de outras abelhas, trigonas e meliponas, quando vai se multiplicar invade outra colônia e se instala fazendo ali a sua nova morada, A tática de ataque e tão perfeito que a natureza deu a ferramenta necessária para ser sempre a vitoriosa.
Esta abelha ao atacar a sua adversária, solta um cheiro igual a folha de limão, como a maioria das abelhas se orientam pelo cheiro de sua colonia e de suas irmãs, ficam confusa e acabam se atacando a si mesma.
Quando atacam para roubo, o ataque é rápido, e a intenção não é destruir a colônia por completo, pois pretendem voltar, para nova pilhagem. Quando é para fazer sua nova morada, é observado minutos após o ataque, o inicio de um novo pito de entrada, este é o sinal de destruição total da colônia.
foto 01 - ataque abelha limão

O meliponicultor pode intervir e salvar a sua colônia, da seguinte forma:
  • Pegar a caixa que esta sendo atacada e leva a uns 10 metros do local
  • Abrir a tampa e mata as abelhas limão, tomar cuidado para não tocar com o dedo em outra abelha, tampar e aguardar alguns minutos
  • Abrir novamente, pois ao abrir as abelhas limão se esconde em baixo do ninho, quando fechar com a tampa elas sobem.
  • Retornar a caixa ao antigo lugar quando não tiver abelha limão no local.

Na saída da morada desta abelha, a vários pitos em forma de dedos, e só um esta ativo, estes pitos não são para enfeitar a colônia, e sim uma tática de defesa de predadores como formigas etc.  Se amassar o pito de saída desta abelha, logo em seguida começa a preparar outro, pois ela tem várias opções.  Como esta abelha vive de roubo, esses pitos alternativos, é indício de que realmente é uma ladra, por fazer saídas alternativas.

Distribuição Geográfica

  • Amazonas
  • Bahia
  • Minas Gerais
  • Paraná
  • Rio Grande do Sul
  • Santa Catarina
  • São Paulo

 video 01 - ataque da abelha limão a colméia de Jataí

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Uso de abelhas na polinização


Vou abordar um tema hoje que dificilmente vemos nos blogs de nossos meliponicultores. O aluguei de colmeias para a agricultura é uma outra forma de se conseguir renda com nossas abelhas. O testo abaixo foi retirado e adaptado da revista Época.

Na Europa e nos Estados Unidos: o uso das abelhas para melhorar a produção agrícola. Não é novidade que esses insetos ajudam a transferir o pólen de uma flor para outra. Mas, nas últimas décadas, cientistas e agricultores têm feito desses parceiros naturais uma eficiente mão-de-obra para polinizar lavouras e aumentar a produtividade e a qualidade de frutas, legumes e grãos.

Em muitos países do mundo, apicultura hoje não é mais uma atividade secundária, quase sempre de pequeno porte, e muito menos sinônimo de mel, que virou um subproduto. A grande meta dos apiários agora é a polinização, um negócio altamente lucrativo. Nos Estados Unidos, campeão mundial em pesquisas e no aproveitamento de abelhas na agricultura, os números são reveladores. Em 1988, enquanto a produção de mel acrescentou mirrados 150 milhões de dólares à economia americana, o aumento da produção de alimentos com o auxílio dessas prestativas operárias gerou um lucro adicional de 20 bilhões de dólares para o setor agrícola. Atualmente, mais de 2 000 apicultores vivem de alugar suas colméias, naquele país.

No Brasil, o hábito de recorrer a elas para polinizar lavouras não alça vôos tão altos. Pelo menos no campo, porque nas universidades o trabalho das abelhas vem sendo pesquisado há muito tempo. A professora paulista Regina Helena Nogueira Couto, por exemplo, pesquisa há dezenove anos a genética e o modo de vida desses insetos. No campus da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Jaboticabal, SP, ela lida diariamente com todo tipo de espécies: da Apis mellifera — a mais comum em todo o mundo — até a dócil jantaí (Tetragonisca angustula) ou a nordestina uruçu (Melipona scutellaris), cujo mel é um orgulho regional. "São muitos os insetos que coletam néctar e polinizam as flores. A vantagem das abelhas é que elas são mais eficientes e podem ser controladas", explica Regina Helena.

Dependendo do tipo de plantação, uma colméia, com cerca de 60 000 abelhas, produz de 1 a 10 quilos de mel por semana. O que significa pelo menos 1,5 milhão de visitas coletivas às flores em busca da saborosa solução de água, açúcar e sais minerais do néctar, usado para produzir mel e enfrentar o inverno.Mas não é só a busca frenética do néctar ou do pólen que faz das abelhas melhores polinizadoras do que borboletas, besouros ou moscas. Elas vencem os rivais em eficiência por uma outra característica, batizada pelos cientistas de "fidelidade alimentícia". Enquanto a borboleta abandona facilmente um laranjal para se embrenhar no mato atrás de flores silvestres, a abelha só deixa a plantação quando não há mais flores a visitar.

Pesquisas feitas na Unesp de Jaboticabal provaram que a produção de laranjas pode crescer em 30% com ajuda dessas laboriosas trabalhadoras. "Além do aumento da quantidade, a qualidade das frutas melhora", acrescenta a professora e pesquisadora Regina Helena, de Jaboticabal. As laranjas da Unesp, por exemplo, ficaram 10% maiores e com mais 20% de vitamina C graças às persistentes caçadoras de néctar, que fecundam o máximo possível de óvulos na flor e fazem com que o fruto se desenvolva por inteiro. Quando o agente polinizador é o vento ou são insetos mais preguiçosos, isso fica difícil.

Em 1984, Wiese participou de uma experiência que elevou em 50% a produção de maçãs catarinense.

Nossas abelhas nativas tem um potencial muito grande para ser utilizado nas lavouras mas ainda precisamos de muitos estudos para que essa atividade se torne rentável.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

ZANGÃO


 O ZANGÃO É SEMELHANTE A UMA OPERÁRIA, SENDO UM POUCO MAIS ESCURO QUANDO VISTO PELAS COSTAS. UM ENXAME QUANDO ESTÁ NIDIFICANDO, DEZENAS OU ATÉ CENTENAS ZANGÕES, PODEM VOAR  EM ZIGUEZAGUE PRÓXIMO DA NOVA COLMEIA QUE ESTÁ POR RECEBER A RAINHA JOVEM. 


                                                     Foto 01- Zangão e operária de Jataí

O ZANGÃO AO POUSAR PRÓXIMO DA COLMEIA PARA DESCANSAR, APRESENTA UM COMPORTAMENTO INCONFUNDÍVEL, ELE FICA QUASE IMÓVEL, ATENTO, COM SEU PAR DE ANTENAS LEVANTADAS, SEU OLFATO É BASTANTE APURADO PERCEBENDO O FERORMÔNIO PRODUZIDO PELA RAINHA A LONGAS DISTANCIAS . OS ZANGÕES FICAM VOANDO PRÓXIMO DA COLMEIA  ELES GOSTAM DE POUSAR AGRUPADO UM PERTO DO OUTRO. AO POUSAR PRÓXIMO DA ENTRADA NO ENXAME ELE LOGO É EXPULSO POR UMA ABELHA QUE ESTA DE GUARDA.

ESTE COMPORTAMENTO DOS ZANGÕES, VOANDO PRÓXIMO DA CAIXA PODE DURAR O DIA TODO OU ATÉ MESMO ALGUM DIAS. ESSE COMPORTAMENTO NÃO É APRESENTADO SOMENTE QUANDO O ENXAME ESTA NIDIFICANDO, PODE ACONTECER EM QUALQUER EM OUTRAS ÉPOCAS, PORQUE COMO SE SABE, O ENXAME PODE SUBSTITUIR SUA RAINHA QUANDO ELA FICA VELHA, OU QUANDO A RAINHA MORRE. A PRINCESA NOVA TERÁ QUE SAIR PARA O VOO NUPCIAL, E É IMPORTANTE O AJUNTAMENTO DE ZANGÕES DE OUTRAS COLÔNIAS DE JATAÍ PARA O ACASALAMENTO.

EXISTE DIFERENÇA ENTRE O ALVOROÇO DE ZANGÕES EM ÉPOCA DE ACASALAMENTO, COM O ALVOROÇO DO ENXAME DE JATAÍ, QUE TAMBÉM PODE SER SINAL DE ENXAMEAGEM. É MUITO ACONTECER, UM ALVOROÇO DO ENXAME, QUANDO CENTENAS E MAIS CENTENAS DE
ABELHAS FICAM AGITADAS SAINDO E ENTRANDO RAPIDAMENTE CONGESTIONANDO A ENTRADA. UM GRANDE NÚMERO DE ABELHAS FICAM VOANDO AO REDOR E NAS PROXIMIDADES DA COLMEIA  FORMANDO UM LINDO ESPETÁCULO, QUE PODE DURAR POR VOLTA DE UMA HORA.


Vídeo de uma enxameação

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Forídeo

Hoje vou tratar dos Forídeos, pois estamos com um enxame que esta esperando o nascimento de uma nova rainha, esta fraco e com isso apareceu alguns forídeo. 

O forídeo é um díptero que se alimenta de material orgânico em decomposição (frutas, principalmente). A palavra Forídeo vem do grego fóridas e significa ladrão. A fase larval adaptou-se muito bem ao consumo de pólen e larvas de meliponíneos. O adulto quando entra na colônia de abelhas, põe seus ovos preferencialmente no pólen armazenado pelas abelhas ou em favos de crias destruídos pelo manejo inadequado. As larvas dos forídeos alimentam-se de pólen, larvas e pupas de abelhas, causando sérios danos à colônia. 


Ciclo:

  • Ovo: 6 a 8 horas
  • Larva: 96 horas
  • Pupa: 136 horas
  • Total = 240 horas ou 10 dias.


Assim, se o meliponicultor manipulou a colônia de abelhas e não encontrou forídeo, isto não significa que esta livre desses Dipteros. Caso o meliponicultor não cuide das colônias afetadas, eliminando o parasita, ela morrerá após alguns dias de infestação. Cada forídeo põe até 70 ovos, que em 3 dias desenvolvem-se em indivíduos adultos. Uma colônia infestada por forídeos é fonte de infestação no meliponário. Desta forma, esta colônia deve ser tratada ou eliminada o mais rápido possível


A infestação por forídeos ocorre principalmente quando se divide o enxame ou quando se transfere da isca pet para a caixa, porque as colônias podem ficar fracas, com poucas abelhas obreiras, ou mesmo sem sua rainha
É sempre importante fazer a verificação das colônias e assim que se identificar os forídeos deve-se colocar as armadilhas como sugerido nas fotos abaixo

A armadilha deve ser feita com frascos de coleta de urina ou fezes que você encontra nas farmácias (armadilhas internas) ou com garrafinhas tipo pet (armadilhas externas). A armadilha deve ter furos para a entrada dos dípteros e no seu interior deve-se colocar vinagre.




Os videos abaixo ilustram bem como se deve fazer e como colocar as armadilhas na colônia






terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Abelha e Passaros



Voltando de viagem essa semana me deparei com uma cena um pouco inusitada. Em uma lanchonete dessa de beira da estrada próximo ao município de Caratinga/MG observei que as abelhas estavam indo ao comedouro dos pássaros que estavam cheio de canjiquinha -um tipo de farelo de milho triturado muito utilizado em minas para alimentar canários e pombas- e por la ficavam  um certo tempo e saiam voando.


Essa foto foi tirada no comedouro note que existem alguns pontos negros no fubá, esse são as abelhas. Estavam nesse comedouro Apis e Abelhas sem ferrão.

Conversando  com amigos meliponicultores, eles me informaram que isso ocorre devido a falta de pólen na região, com isso as abelhas recorrem ao farelo que é pouco nutritivo. Quando notarmos isso em nosso meliponário devemos então fornecer pólen de Apis para nossas abelhas ou xarope com complexo de aminoácidos também conhecido como Aminomix. Em uma próxima postagem estarei tratando dessa alimentação proteica.

Outro fato muito importante é que na cultura de milho existem muitos agrotóxicos que acabam deixando resíduos nos grão afetando nossas abelhas.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

FLORA PARA ABELHAS JATAÍ

Principais:   Beijo, Maria-sem-vergonha, Coroa-de-cristo e Ipê de Jardim

Alfafa-do-campo (Stylosanthes scabra) (abril)
Alfinete (Sirene armenia) (janeiro a março)
Arnica-brasileira (Solidago chilensis) (junho a setembro)
Aroeira-branca (Lithraea molleoides) (setembro)
Aroeira- vermelha (Schinus therebentifolius) (dezembro)
Arruda (Ruta graveolens) (agosto a setembro)
Assapeixe (Vernonia polyanthes) (julho a agosto)
Astrapéia (Dombeya burgessiae) (abril a julho)
Astrapéia-rosa (Dombeya wallichii) (julho a agosto)
Azaléia-lilás (Rhododendron indicum) (abril a julho)
Azaléia-rosa (Rhododendron indicum) (agosto a setembro)
Babosa-de-flor-rosa (Aloe arborescens) (janeiro)
Beijo (Impatiens balsamina) (abril a junho e outubro a dezembro)
Bico-de- papagaio (Euphorbia pulcherrima) (abril a julho)
Calabura (Muntingia calabura) (outubro a dezembro)
Cambará-roxo (Eupatorium squalidum) (fevereiro a março)
Catinga-de-mulata (Iboza riparia) (junho a julho)
Charão (Toxicodendron verniciferum) novembro)
Chocalho (Crotalaria pallida) (março a maio)
Cóleos – vários (Coleus spp) janeiro a março)
Confete (Lagerstroemia indica) (dezembro)
Coreópse (Coreopsis grandiflora) (agosto a janeiro)
Coroa-de-cristo (Euphorbia milii var. splendens) (janeiro a dezembro)
Coroa-de-cristo-grande (Euphorbia milii var. milli (janeiro)
Cravo-do-campo (Senecio brasiliensis) (agosto a outubro)
Cróton - vários (Croton spp) (setembro a fevereiro)
Dália – várias (Dahlia spp) (abril a maio)
Dietes (Dietes vegeta) (julho a novembro)
Espiguinha (Mimosa daleoides) ((janeiro a fevereiro)
Esponjinha vermelha (Calliandra twedii) (janeiro a dezembro)
Esporinha (Delphinium sp) (julho a novembro)
Eupatório-roxo (Eupathorium macrocephalum) (janeiro a maio)
Feijão-de-praia (Sophora tomentosa) (agosto a março)
Fumo (Nicotiana tabacum) (dezembro a abril)
Funcho (Foeniculum vulgare) (dezembro a março)
Grevílea (Grevilea banksii) (janeiro a dezembro)
Guaco-liso (Mikania cordifolia) (julho a agosto)
Guanxuma (Sida rhombifolia) (dezembro a março)
Guiso-de-cascavel (Crotalaria lanceolata) (janeiro a março)
Jasmim-estrela (Jasminum azoricum) (novembro a janeiro)
Lanceta (Eclipta alba) (janeiro a fevereiro)
Laranjeiras, limoeiros, tangerinas (Citrus spp) (setembro a outubro)
Madressilva (Lonicera japonica) ((setembro a outubro)
Malmequer (Aster laevis) ((outubro a novembro)
Mangueira (Mangifera indica) (julho a setembro)
Margaridão amarelo (Tithonia speciosa) (abril a maio)
Manjericão (Ocimum sellowii) (novembro a junho)
Maria-sem-vergonha (Impatiens sultanii) (janeiro a dezembro)
Murici (Byrsonima intermedia) (novembro a junho)
Muçambê (Cleome spinosa) (novembro a dezembro)
Onze-horas (Mesembryantemum spectabilis) (outubro a dezembro)
Orégano (Origanum vulgare) (dezembro a janeiro)
Orelha-de-onça (Tibouchina holoserice) (novembro a janeiro)
Palmeira-elegante (Archontophoenix cunninghamia) (fevereiro a junho)
Pessegueiro (Prunus persica) (julho a agosto)
Picão branco (Galinsoga parviflora) (julho a novembro)
Pitanga (Eugenia pitanga) (julho a agosto)
Primavera (Bougainvillea spectabilis) (setembro a novembro)
Quaresmeira (Tibouchina granulosa) (janeiro a abril)
Sabugueiro (Sambucus australis) (novembro a dezembro)
Sálvia vermelha (Salvia splendens) (outubro a novembro; março a abril)
Sensitiva (Mimosa pudica) (fevereiro)
Serralha (Emilia sonchifolia) ((janeiro a dezembro)
Sibipiruna (Caesalpinea peltophoroides) (setembro a outubro)
Suínã (Erythrina speciosa) (junho a setembro)
Tapete-inglês (Polygonum capitatum) (maio a junho)
Tipuana (Tipuana tipu) (outubro a novembro)
Tumbérgia (Thumbergia grandiflora) (dezembro a janeiro; abril)
Vassourinha (Baccharis trinervis) (dezembro a janeiro)
Vedélia (Wedelia paludosa) (outubro a abril)
Violeteira (Durante repens) (outubro a maio)